Como explicar o Balonismo e a sua magia?
Começamos com uma aventura!
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Balonismo – o verdadeiro espírito aventureiro
Atravessar Portugal de Norte a Sul num só voo num balão de ar quente.
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O Balão: Lindstrand 210 PH-NHN (com capacidade para levar piloto mais 10 passageiros)
Gás: Levámos 850 litros de gás propano a bordo
Dia: 2 Dezembro 2011
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Distância percorrida:
De Monção a Viana do Alentejo – 425km em 7h48m52s
Tripulantes: 4 Pilotos
1. Guido Santos, de Coruche foi o piloto comandante.
2. Helena Sá, co-piloto e Radiotelefonia e registo de voo.
3. Anibal Soares, navegação e instrumentos.
4. Bruno Santos, da Windpassenger filmagem.
Equipa de apoio terreste:
Alcides Ribeiro, piloto português.
Andre Van Wyk, piloto Sul Africano.
Carole Santos, administração
Snr. C, Meteorologista
Controlo Trafico Aéreo Porto e Lisboa
Aeródromo de Évora
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Os Sonhos
Já há muito que Helena Sá andava com uma vontade de fazer um voo à Phileas Fogg. “A minha ideia era levantar voo no Alentejo com ventos de Oeste e voar o mais longe possível para Espanha”. Helena faz parte do Aeroclube de Lagos com sua base de Balonismo comercial (escola e voos de passageiros) no Aeródromo Municipal de Lagos, Algarve. A única mulher a voar balões em Portugal. Tem Licença comercial Britânica dando-lhe oportunidade de voar em qualquer país, comercialmente.
O sonho do Guido Santos e do falecido pai dele, Carlos Santos era atravessar Portugal de Norte a Sul num só voo. Carlos Santos foi um dos pioneiros de Balonismo em Portugal e seu filho Guido conseguiu levar o Balonismo em Portugal para outro nível, operando de Coruche. Eu identifico-o como o Richard Branson de Portugal. Tem licença comercial Francesa.
Pusemos o nosso entusiasmo e positivismo, num só pote e começamos a preparar a viagem de Norte a Sul de Portugal em memória de Carlos Santos.
Atravessar Portugal de Norte a Sul, de Monção a Tavira, num só voo em balão de ar quente, era o grande desafio a que os pilotos Guido Santos (piloto P1) e Helena Sá (co-piloto e rádio), se propuseram realizar levando consigo Aníbal Soares (co-piloto e navegação) e Bruno Santos (co-piloto e filmagem). No apoio terrestre encontravam-se Alcides Ribeiro (piloto português), Andre Van Wyk (piloto Sul Africano) e Carole Santos (piloto em treino).
O voo
Após confirmação final do meteorologista, quinta feira dia 1 Dezembro 2011, a equipa deslocou-se para a parte Norte do país.
Ás 08h30 do dia 2 de Dezembro 2011 as aventureiros descolaram das Termas de Monção. Entre 6000 e 11000 pés o voo foi tranquilo sem turbulência. Conseguimos voar nos ventos rápidos pós-frontais com um track de 165º a 185º a 35 kts no inicio, aumentando para 45 kts na parte final, ou seja, vento de Norte na perfeição tal como o meteorologista nos tinha indicado. A pressão atmosférica de 1028mb deu-nos uma visibilidade de Deuses. O balão e equipamento funcionou na perfeição. A temperatura não nos incomodou, só os pezinhos é que ficaram frios mas conseguimos aquecê-los expondo-os ao sol. Conseguíamos ouvir os cães a ladrar a 10000 pés, por incrível que pareça.
A inviabilidade de chegar ao Algarve, antes do anoitecer estava aparente e após 7h48 de voo a equipa prepara-se para a fase mais complicada do voo. A aterragem foi só para profissionais a 22 knots mas, graças ao espaços abertos de Viana do Alentejo, tivemos uma aterragem longa mas suave. Houve ainda tempo para realizar um picnic, antes da equipa de apoio nos localizar.
Houve contributos importantíssimos, como por exemplo de realçar, a colaboração das torres de controle e navegação aérea do Porto, Lisboa e Beja, “para que o tráfego aéreo regular não colidisse connosco” ou interferisse com a rota que o balão seguia.
Para já, fica a satisfação de termos protagonizado o mais longo voo da história em balão de ar quente realizado em Portugal.
Helena Sá