Livros – The killing zone

“Vamos começar no ponto em que o instrutor terminou e juntos nos tornaremos pilotos mais seguros“.

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É com estas palavras que o autor, Paul A. Craig, convida o leitor para uma visita guiada pelo mundo da segurança de voo.

The Killing Zone – How and Why Pilots Die pretende, passo-a-passo, discutir tópicos fundamentais da segurança, com o suporte em análises sumárias de relatórios de acidentes ou incidentes investigados pelo National Transportation Safety Board (NTSB), a agência norte-americana com competências correspondentes ao GPIAA (Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves) português.

O autor começa por explorar o conceito de “Killing Zone“, que se refere ao período da experiência de um piloto com 50-350 horas de voo.

Numa cuidada análise estatística dos números, é proposta uma leitura crítica dos mesmos e procura-se aprofundar potenciais explicações para a observação de uma maior incidência de acidentes neste período da experiência de voo.

Não é esquecida a discussão de estratégias preventivas, concretizada exemplarmente numa proposta de revisão dos conteúdos programáticos e no ensino por objetivos e com simulação de cenários de emergência durante a formação de pilotos.

Recorda-se a importância de reconhecer na aquisição da licença de piloto também a licença para aprender e trabalhar continuamente no aperfeiçoamento de competências.
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De seguida é proposta uma leitura sobre as implicações do avanço da tecnologia mesmo nas aeronaves mais pequenas da aviação geral e a importância da aquisição de conhecimentos que ultrapassem o facilitismo e dependência de meios auxiliares, nomeadamente nas áreas de navegação e prevenção de colisões.

Após uma explicação da estrutura geral com que o livro se propõe abordar os relatórios do NTSB, somos acompanhados por capítulos dedicados à degradação de condições VMC, manobras de voo, descolagem, aproximação, aterragem, colisões, combustível, fatores humanos, voo noturno, instrumentos e gelo, com testemunhos de pilotos e sintéticas e pertinentes incursões sobre a teoria essencial a cada um dos campos.

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O livro continua com uma análise da redução de acidentes observada nos EUA após a adaptação de melhores técnicas de formação de pilotos e fecha com capítulos dedicados à personalidade do piloto (com direito a um teste para o leitor conhecer melhor as caraterísticas que o definem como piloto) e ao “Airmanship“.
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Uma leitura de 288 páginas agradável e supreendentemente breve por nunca se tornar pesada.

É de realçar a importância dada à atualização da primeira para a segunda edição, nomeadamente no que respeita a análise de dados de acidentes ocorridos após a 1ª publicação e à atualização de conteúdos.

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Fica a proposta de leitura e o desafio à discussão no seio dos nossos aeroclubes, a que a estruturação em capítulos se presta.

Seria interessante aproveitar a oportunidade para completar a leitura com os relatórios disponibilizados pelo GPIAA, fazendo a transição para a realidade portuguesa.
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