Classificado pela ANAC “Ultraleve do Grupo 1”
O desenvolvimento espectacular do voo em Paramotor, deve-se entre outros factores, às melhorias nos motores actualmente mais leves, mais potentes , mais silenciosos, ao incremento do desenho de asas com melhores rendimentos , desenvolvimento de Parapentes específicos para o voo com motor (Perfil Reflex) e principalmente á evolução técnica dos pilotos de Paramotor .
Com a democratização do voo através do Paramotor devido ao seu baixo preço e alta mobilidade,comparativa a outras modalidades aeronáuticas, vivemos hoje uma espécie de ” Renascimento da aviação”.
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A competição desportiva e os recordes.
Desde 1991 que se organizam competições regulares em França, o 1º campeonato espanhol foi em Outubro de 1997 em Mansilla.
A FAI, Federação Aeronáutica Internacional, estabelece e tutela os campeonatos do Mundo e da Europa, os campeonatos Nacionais são da responsabilidade das federações nacionais que tutelam a modalidade, em Portugal a FPA, Federação Portuguesa de Aeronáutica . Em 1993 na Republica Checa organiza-se o 1º Europeu da modalidade; a 1º Copa do Mundo de Paramotor teve lugar na Polónia em1994.
A França, desde muito cedo se tinha revelado a potência do voo em Paramotor… mas nos jogos mundiais do ar na Turquia em 1997 a Espanha surge ainda mais forte com nomes como Ramon Morillas, Nino Muelas, Dani Martinez, pilotos que não mais deixaram o domínio Internacional, quer vencendo medalhas, quer abrindo caminhos pioneiros, como a realização de raides através de distancias enormes, ou batendo records de distância e altitude.
Em 2004 realizou-se o Campeonato da Europa de aviação ultraligeira em Portugal (Castelo Branco) foi a 1ª experiência competitiva Internacional .
António Fonseca, Jorge Martinho, José Boieiro, Fernando Simões, Miguel Simões e Luís Afonso foram seleccionados na competição de apuramento “Pré Seleção Paramotor” promovida pela Federação Portuguesa de Aeronáutica
A prova para apuramento da selecção portuguesa “Pré selecção 2004” realizada em Sines / Santiago do Cacém, fez assim história ao seleccionar pilotos e dar corpo á 1º Selecção Nacional de Paramotor… todos os clubes em Portugal foram convocados a participar.
A autonomia destas aeronaves aumentou muito, voos de 4 ou 5 horas transpondo enormes distâncias são vulgares para os pilotos mais experientes… voos de recordes com 10 ou 12,14 horas para recordes mundiais. O ultraleve Paramotor pode mesmo voar a motor parado em correntes ascendentes e assim poupar combustível… alongando o seu raio de acção.
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As competições em Paramotor são muito variadas que exige dos pilotos profunda experiência e capacidades várias no voo:
• Raides e Navegação, consiste em voar por mapa (sem GPS) procurando balizas no solo, no menor tempo possível, alia-se a velocidade às capacidades do piloto em navegação, nesta prova pode mesmo pedir-se aos pilotos… que estimem o tempo da sua prova.
• Manejabilidade, é um prova espectacular e muito do agrado do publico, consiste em voar a cerca de um ou dois metros do solo á volta de pinos de 2 metros (flexíveis) no menor tempo possível e por uma ordem indicada.
• Slalom em Pilões, A prova mais espectacular velocidade e perícia á volta de pilões gigantes insufláveis ao estilo RedBull…normalmente sobre água por segurança.
• Provas de consumo, que podem ser num circuito, com por exemplo 2 litros de combustível e tentar dar o maior nº de voltas… ou voando em ascendentes térmicas, com 1,5 litros de gasolina, permanecendo o máximo de tempo no ar, em Portugal (Campeonato da Europa) foi conseguido o record do mundo por um piloto francês, mais de cinco horas de voo com 1,5 litros, o consumo médio de um motor é de cerca de 4 litros hora.
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Em Portugal o Paramotor desenvolveu-se inicialmente no Norte com o “Clube Nacional de Paramotor” com formação de pilotos e organização de encontros anuais na praia da Torreira.
A Sul com a “Escola de Voo de Santiago do Cacém” organizam-se raides pelo interior, formam-se pilotos. A organização da 1ª prova de navegação pura, foi em Julho de 2003 em Messejana.
O órgão criado no seio da FPA e que desenvolve todo o trabalho de remodelação, enquadramento e relançamento do Paramotor, a CPPM (Comissão Portuguesa de Paramotor) tudo tem feito para que o Paramotor seja devidamente considerado de acordo com aquilo que realmente é um ultraligeiro com capacidades lúdicas e desportivas excepcionais.
Com a adesão e posterior inclusão pelo INAC/ANAC desta modalidade na FPA e a elaboração posterior de regulamentos específicos para o Paramotor tais como o “Manual de Operações do Paramotor” regularizou assim esta entidade o ensino nas escolas de voo e titulações de pilotos e instrutores da modalidade Paramotor.
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José Boieiro